Por mais que me mate o querer
O que mais mata é de fato não saber
Se o controle é amor
Insegura essa dor que não posso conter
Pra saber com quem andas
O que fazes e onde
Pois o que não me contas
Porque então me escondes?
Não saber se me quer
Pra me ter por mulher
Que futuro há defronte?
Resolver o conflito
De mim mesma reflito
O quão fraca fui eu
Que te ensoberbeceu
Coração jaz contrito
Não acaba assim
Posso ser mais enfim
Bem mas forte que fui
Todo amor evolui
Não por ti, mais por mim.
(Para Gesica Lana por - David Prates)
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Reflexão
Quando a imagem ante a mim não sou mais eu, ou quando o eu
do outro lado não é mais parte de mim o espelho não mais faz sentido, mas mesmo
assim teima em refletir hoje a soma do que fui dia após dia até chegar aqui.
Parte de mim que não sou eu? Como assim? Se o fruto do que fui não me faz ser
quem eu quero, resta-me então sucumbir ao resultado ou fazer meu eu de novo.
Quando o espelho não sou eu,
Quando a dor ainda é minha
Quando a alma feneceu
O universo dentro em mim
No escuro se perdeu
Hoje mais do que eu tinha
Mais de amor e mais de dor
Uma dor que só é minha
Pelos cacos que sou eu
O amor não se perdeu
Um mosaico e adivinha?
Nunca é tarde pra juntar
Refazer e recriar
Destes cacos, que restou?
O que falta levantar?
Descobrir de novo a vida
Que era minha então morreu
Mas que nunca foi perdida
A verdade comprimida
Dos pedaços reergueu
E me fez como arte nova
Como aurora na manhã
Como a noite sua irmã
O renovo se comprova.
Se decido deixar como está, me entrego à própria sorte, que
virtude há nisso? É melhor lançar mão do orgulho e lançar o espelho ao chão,
deixar quebrar o quanto for possível. Quanto menor for o estilhaço, mais
precisa será a reconstrução da obra de arte que minha vida pode se tornar, vida
construída sob os alicerces do aprendizado, da experiência e sobretudo da
humildade... Reconstruo então, me refaço agora.
David Prates 19/10/2014
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