E o Orgulho e a Vergonha correndo pelo caminho da vaidade, quem chegar primeiro leva o prêmio da ilusão, aplaudido de pé pela vida que lhes permitiu correr como queriam.
Voz e Verso
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
domingo, 12 de abril de 2020
Surto
De repente tudo dói
Dói o céu
Dói a brisa
Dói ate respirar
O vazio no tumulto ao redor
O medo que nem existia mais
Agora brinca de assustar atras de cada porta
A vela que segurava no vento
A queria pra mim
O padecimento solitário no paraíso de águas azuis
No que era breu viu a luz
Da ternura que havia na dor tos teus olhos fiz fogueira
É paixão o nome disso
Ou loucura
Quem sabe esse desejo de quardar o calor dessa chama virou desespero pra não voltar pro escuro?
Sua chama é linda mas é fraca
Meu frio é muito mas sobrevivo
Ao invés de me aquecer
Uso a luz pra te ver
Aqui do frio mesmo
Feliz de quem tem uma vela no breu
Feliz de quem sente o olhar que é só seu
Tempo... A cada minuto à Luz de velas o gelo se esvai
Quem sabe o que ele conserva por debaixo de si
De quanto tempo precisamos pra descobrir?
Deixe a vela acesa e no rolar dos dias, meses talvez anos a fio... Descobriremos.
11/04/20
Dói o céu
Dói a brisa
Dói ate respirar
O vazio no tumulto ao redor
O medo que nem existia mais
Agora brinca de assustar atras de cada porta
A vela que segurava no vento
A queria pra mim
O padecimento solitário no paraíso de águas azuis
No que era breu viu a luz
Da ternura que havia na dor tos teus olhos fiz fogueira
É paixão o nome disso
Ou loucura
Quem sabe esse desejo de quardar o calor dessa chama virou desespero pra não voltar pro escuro?
Sua chama é linda mas é fraca
Meu frio é muito mas sobrevivo
Ao invés de me aquecer
Uso a luz pra te ver
Aqui do frio mesmo
Feliz de quem tem uma vela no breu
Feliz de quem sente o olhar que é só seu
Tempo... A cada minuto à Luz de velas o gelo se esvai
Quem sabe o que ele conserva por debaixo de si
De quanto tempo precisamos pra descobrir?
Deixe a vela acesa e no rolar dos dias, meses talvez anos a fio... Descobriremos.
11/04/20
quarta-feira, 1 de abril de 2020
2012
O amor só será vivido plenamente quando aquele a quem você ama descobrir do que você é capaz de abrir mão para fazê-lo Feliz...
Prisão sem muros
Não havia paredes, mas ali cercado por vozes dizendo:
"Pode", "Não pode", "Não é correto", "Ser
bem sucedido é....", "Mas seu amigo conseguiu", "Por que
não dá certo Só pra mim?". Era ali que ficava.
Não tinha nenhuma grade, mas era ali que se sentia
protegido, não acontecia nada de mal, aliás esse era o lugar onde não acontecia
nada. O único movimento ali era do tempo, tempo que não passa quando a mordaça
te impede de seguí-lo.
A cada segundo na prisão, dois pelo menos são perdidos, um
de deixar de viver e outro para lamentar não ter vivido. Está é a prisão, onde
o tempo é a cela, mas quem a tranca é o medo...
O que é preciso pra quebrar o ciclo de tempo esvaído em
nada? Qual é a obrigação que define as amarras? As expectativas de quem estão
sendo correspondidas?
Quando é o tempo de fazer bem pra mim mesmo? A pergunta real
é quem está feliz enquanto eu estou infeliz? É como estará quando o feliz for
eu? A dor é sentida por mim pra satisfazer a quem?
Olhando ao meu redor quem é que me doa tempo e quem é que
consome o meu enquanto me aprisiona?
Quando foi a última vez que sorri por dentro e por fora
dizendo: "Estou bem". Quando é que estar "normal" virou
sinônimo de "Melhor do que estar mal"?
Não sou obrigado nada...
Não tenho que fazer ninguém feliz...
Não tenho que conquistar nada...
Não tem que ser agora...
Não "tem que" nada...
Será quando eu achar que devo.
Se eu achar que devo.
Da maneira que eu achar que devo.
Por que no fim, ninguém mais saberá o que é melhor pra mim.
Neste momento sair da prisão significa: Ninguém merece estar aqui e ninguém
pode achar bom eu permanecer aqui.
29/03/2020
Quarentena
Pior do que ser
impedido de usufruir das belezas do mundo é ser obrigado a olhar de perto os
horrores de dentro. O confinamento me faz olhar pra mim, mesmo sem intenção, é
mais do que ver meu reflexo, é estar de fato dentro de mim. Que bela
oportunidade, chance que quase nunca nos damos pra tratar do ego em sua
essência, de separar O que sou eu, daquilo que construí diariamente
buscando adequação, aceitação, representatividade. Separar o amor do egoísmo,
separar a admiração da inveja, tirar da dor o que é autopiedade, é entender o
perdão de mim por mim e pra mim, libertar a ansiedade do tempo que não me
pertence e me impede de estar no presente, enxergar as virtudes e apartá-las da
vaidade. A parte difícil é desconstruir o lodo criado em uma vida inteira pra
revelar um eu que minha própria consciência desconhece. Avançar até chegar no
início, encontrar a mente genuinamente conectada com o todo, com a força
maior e descobrir a unidade que nos torna a própria eternidade. Que esse tempo
sirva pra isso, pra entender que não é preciso entender o que sabemos sem nunca
termos aprendido, de ler o que há em nos sem nunca ter sido escrito e perceber
que toda dor é uma só e todo amor reverbera na mesma frequência. 28/03/2020
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